terça-feira, 1 de setembro de 2009

Bem encaminhado

Depois de me estrear na prestação de cuidados de Enfermagem como PROFISSIONAL( no Domingo no lar)!!!!!!!!!! Ontem tive entrevista na saúde 24, posso informar vos que se algum dia ligarem para a linha na vertente da gripe A, poderam falar comigo! ;)
Como ainda não estava completo, enquanto tava na entrevista fui contactado pelo hospital amadora-sintra para ir a uma entrevista amanha!!!!!!!!
Não sei que vai ser da minha vida...... Gostei de trabalhar no lar e não faço intenções do largar... A linha é uma proposta aliciante(€), posso garantir que melhor que hospital nesses aspectos... Mas também não quero deixar de fazer hospital..... Da entrevista até pode não sair nada..... Mas era bom que houvesse uma proposta..... Não para baralhar mais a minha cabeça, mas porque quero mesmo trabalhar em hospitais e se possível em Serviços de Urgência, se não fosse pedir muito!!!!!!!! ;)
Esta semana não vais ver fácil..... Vou esperar pela proposta, ou não, do amadora-sintra e depois vou pensar no assunto!..............
Não ade ser nada....

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mais um dia....

Mais um dia, mais uma(s) semana(s)...

Estas últimas semanas tenho-me dedicado à procura de emprego ou trabalho como quiserem...

Tenho corrido tudo e mais alguma coisa na area de Lisboa. E nada, não ta nada facil.. No entanto, não vou desistir e vou continuar...

Ontem ao final da tarde fui contactado pelo saude24, segunda tenho entrevista, vamos ver o que vai dar..................................

Ah, amanha Domingo é o meu primeiro dia no Lar ;)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Parabens a mim... =)


Ontem recebi a minha carta de curso..... Quer dizer que legalmente já sou Sr. ENFERMEIRO!!!!!!!!

É verdade, ontem andei em Soure à procura do carteiro para me dar o meu "canudo", depois arranquei a todo gás para Coimbra para que me podesse inscrever na ordem..... No final do dia, perdi a cabeça e meti-me a caminho de Lisboa... Mais uma viagem...

Hoje passei o dia a tentar falar com alguém da direcção de Enfermagem..... e sabem que mais.... nada..... não consegui falar com ninguém ou porque o supervisor foi percorrer os serviços ou porque pediram-me para esperar e passado umas horitas de espera vim a saber que o enf. em causa estava de folga..... final de contas para o dia de hoje: inscrevi-me em 2 hospitais....

Mas nem tudo corre mal... arranjei um duplo a 1/2 horário num lar, para começar não está mau, aliás tá bem bom... lol.... vou começar em Setembro... agora falta mesmo arranjar um EMPREGO(se alguém tiver um para mim, contacte-me o mais breve possível)....

Bem, entretanto vou-me encostar, pois amanha será mais uma correria......

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

para pensar

Artigo de Miguel Sousa Tavares, Expresso 27/06
Vale a pena ler e Refletir sobre o estado do Noso sistema politico! Dá para rir, ao mesmo tempo que dá para chorar!

"Conversa entre mim e uma amiga (…): — É sempre assim, esta auto-estrada?

— Assim, como?

— Deserta, magnífica, sem trânsito?

— É, é sempre assim.

— Todos os dias?

— Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.

— Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?

— Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.

— E têm mais auto-estradas destas?

— Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. — respondi, rindo-me.

— E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?

— Porque assim não pagam portagem.

— E porque são quase todos espanhóis?

— Vêm trazer-nos comida.

— Mas vocês não têm agricultura?

— Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.

— Mas para os espanhóis é?

— Pelos vistos...

Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:

— Mas porque não investem antes no comboio?

— Investimos, mas não resultou.

— Não resultou, como?

— Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.

— Mas porquê?

— Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pêndula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.

— E gastaram nisso uma fortuna?

— Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...

— Estás a brincar comigo!

— Não, estou a falar a sério!

— E o que fizeram a esses incompetentes?

— Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.

— Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?

— Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km. Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.

— Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?

— Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.

— Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?

— Isso mesmo.

— E como entra em Lisboa?

— Por uma nova ponte que vão fazer.

— Uma ponte ferroviária?

— E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.

— Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!

— Pois é.

— E, então?

— Então, nada. São os especialistas que decidiram assim. Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.

— E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...

— Não, não vai ter.

— Não vai? Então, vai ser uma ruína!

— Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína — aliás, já admitida pelo Governo — porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.

— E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?

— Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!

— E vocês não despedem o Governo?

— Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...

— Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?

— Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.

— O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?

— A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.

— Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?

— É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.

Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:

— E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?

— O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.

— Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?

— É isso mesmo. Dizem que este está saturado.

— Não me pareceu nada...

— Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.

— Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?

— Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.

— E tu acreditas nisso?

— Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?

— Um lago enorme! Extraordinário!

— Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.

— Ena! Deve produzir energia para meio país!

— Praticamente zero.

— A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!

— A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.

— Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar — ou nem isso?

— Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

— Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?

—Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor. Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

— Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

— Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.

Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:

— Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

De volta à minha escrita…

Passaram algumas semanas, alguns meses desde a última vez em que me dediquei à escrita aqui na blogosfera...
Nesse intervalo muitas coisas aconteceram..... Acabei o estagio de psiquiatria, foi a minha queima, iniciei e terminei o último estágio, pelo meio entreguei a tese... Neste momento com o curso acabado, aguardo pelo certificado, para que possa ir à ordem inscrever-me e por fim começar à procura de trabalho.....
Este último estágio não foi fácil, nem coisa que se pareça... tanto pelo serviço em si, como pela orientação..... assim pude comprovar como é injusto, como é frustrante uma pessoa por não se conseguir entender com o orientador, acabar por sair prejudicado no estagio.... são coisas da vida.... coisas que já passaram e que não interessam, mas que fica atravessado....
Agora resta-me aguardar e procurar.... e não desesperar.............

sábado, 6 de junho de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Queima das Fitas ( um pouco de historia) part I






Foi a partir de 1899 que se começou a alicerçar o que, mais tarde, viria a ser a Queima das Fitas, com a realização do “Centenário da Sebenta” que pretendeu ser uma réplica aos centenários comemorativos entre 1880 e 1898, com o intuito de homenagear diversas figuras e factos. O ponto comum destes centenários era a sua apresentação publica na forma de um cortejo, com fogo de artificio, sarau e touradas. Porém, estas formas de homenagem não eram as mais próprias, uma vez que deturpavam o verdadeiro significado das efemérides. Surge assim, a ideia da realização de um centenário humorístico, ridicularizando os até então feitos, tomando por base a sebenta, compilação dos apontamentos do professor.
O Centenário da Sebenta passa a ter, assim, um âmbito crítico de carácter geral e, ao mesmo tempo, particular, já que se protestava contra a exploração dos sebenteiros. A estrutura de tal manifestação confinou-se a cortejos alegóricos e a um sarau. Tratava-se agora de desenvolver esta ideia.
Nos anos seguintes, o 4º ano jurídico organiza festas da mesma espécie e introduz um aspecto inovador: o queimar das fitas que se usavam nas pastas e que eram indicadoras da sua condição de pré-finalista. A fita é uma consequência das pastas dos meados do séc. XIX que tinham para prender as das partes que a compõem, três laços de fita estreita da cor da Faculdade do utente, um de cada lado, ao meio das bordas da pasta. O queimar das fitas acabou por se transformar num acto simbólico cujo significado assenta na atingir um objectivo próximo: o término do curso.
Em 1905 realizou-se o “Enterro do Grau” em consequência de uma reforma dos cursos universitários que mantinham os graus de Licenciado e Doutor e abolia o grau de Bacharel. Este facto levou a um festejo da estrutura idêntica aos anteriores. No entanto, o “Enterro do Grau” é mais uma manifestação a ligar a festejos anteriores ao que viria a ser mais tarde a Queima da Fitas, porque pela primeira vez, se verificou a participação activa da população de Coimbra, começando a verificar-se que a Queima das Fitas era já uma festa de comunhão com a população da cidade, cuja iniciativa pertencia aos estudantes.
No ano de 1913, um episódio marcou a história das festividades académicas, quando no dia 27 e Maio, devido a um incidente motivado pela Academia, um tenente da guarda ficou sem boné. Eivados da caracteristica irreverência académica os estudantes gritavam constantemente: “olha o boné”. Devido à repercussão que o facto teve na época, este dia foi tornado, durante muitos anos, como o dia principal dos festejos.
Verificaram-se até 1919 alguns interregnos, condicionados pelas condições políticas, económicas e sociais da época, como por ex. a proclamação da República e a I Grande Guerra Mundial.
Mas foi de facto neste ano, 1919 que as celebrações académicas começaram a adquirir a estrutura que conservam actualmente.


Pela primeira vez os finalistas de todas as Faculdades celebram em pleno a festa da Queima das Fitas, para além de se ter dado um passo importante para a sua sedimentação. Cada ano surgiam elementos novos a todos os níveis enriquecedores: a Garraiada, Venda da Pasta, actividade benemérita cuja receita revertia a favor do Asilo da Infância Desvalida, o Baile de Gala das Faculdades.